Outro dia estava andando sem compromisso
entre as prateleiras de uma livraria e corria os olhos aleatoriamente, parando
em algum título que me chamasse atenção. Às vezes gosto de ver palavras, sem
necessariamente lê-las. Faço ponte direta pro inconsciente, mas elas sempre
voltam em sonhos e lapsos, me fazem felizes. Quando uma palavra entra, sinto
cócegas nos olhos. E nesse correr de vistas, meus olhos pararam na capa de um
porque li e, numa fração de segundos, pensei: não pode ser esse nome, que nome
curioso! O livro se chamava “Manifesto do Partido Consumista”. Parei
imediatamente. Li de novo. Vi que tinha cometido um equívoco. Lá estava o velho
e bom “Manifesto do Partido Comunista”. Depois de comer tantas palavras com os olhos,
estes bandidinhos me enganaram.
Aqui você encontrará textos sobre psicanálise, literatura e meus escritos literários.
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Leia aqui o texto que inspirou o nome do Blog!
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
Manifesto do Partido Consumista
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terça-feira, 19 de agosto de 2014
O preço de uma análise
Se existe um tema que eu odeio pensar,
que eu odeio falar, esse tema é o suicídio. Eu sempre fico chocada com notícias
de suicídio e me misturo ao coro de vozes e expressões incrédulas que perguntam
“Por quê?”. Penso que é numerosa a quantidade de pessoas que já pensaram em
morrer, afinal, o sofrimento é algo que faz parte da vida, como já disse Freud
em seu texto sobre o mal-estar na civilização. Mas sempre me choca o ato
daqueles que fazem do sofrimento um poço de areia movediça negra, que se atiram
na garganta escancarada da morte.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Carta 16 - Sobre o que querem as mulheres
Hei!
Quanto tempo faz que não te escrevo?
Muitas
coisas mudaram nesses três últimos meses. A única coisa que não muda é a
saudade que sinto de você. Soube que esteve doente, internado, mas agora já
está tudo bem. Eu também andei doente, mas já sarei. Nosso ar está cada dia
mais irrespirável e é difícil não adoecer dos pulmões. Logo logo vai aprender o
que é isso que a gente chama de pulmão, tenha calma.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Diálogos do cotidiano - "Queimando a rosca"
Outro dia estava na fila do banco, interminável. Precisava
contratar um serviço de previdência privada e não tinha outro jeito se não esperar.
Nessas ocasiões, sempre carrego um livro, ou qualquer coisa pra ler, embaixo do
braço. Ao meu lado estava sentado um homem que, pelo que percebi, deveria ter
uns trinta e poucos anos. Ao lado dele estava outro, magrinho, mais moço e ainda
cheio de sonhos. Eu estava lendo e não prestei atenção na conversa, até que a
senha do rapaz cheio de sonhos foi chamada na fila do caixa.
Quando
ele voltou, sentou-se novamente ao lado do que eu supunha ser seu amigo. Este então
pergunta:
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