Este
texto foi escrito por mim e minha amiga Cristina Cuiabália no ano de 2002, aos 17 anos,
para um trabalho de literatura do terceiro ano do Ensino Médio sobre Cecília
Meireles, muito antes da minha escolha pela psicologia. A fala dela foi baseada em algumas poesias de Cecília e também em um
livro seu chamado “Olhinhos de Gato”. Quanto ao analista, Dr. Incapacitus Brasiliensis, uma homenagem
nossa a um analista que até certo ponto caminha bem com suas perguntas, mas
peca pelo excesso de narcisismo e pela falta de análise. Obviamente que nessa
época não sabíamos o que eram esses conceitos, mas parece que supúnhamos um
saber à literatura que suplanta o saber daqueles que se colocam no discurso do
mestre.
Aqui você encontrará textos sobre psicanálise, literatura e meus escritos literários.
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Leia aqui o texto que inspirou o nome do Blog!
domingo, 30 de março de 2014
Momento Nostalgia
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Cecília Meireles,
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domingo, 23 de março de 2014
Um bom encontro
Não
havia outra expressão que pudesse traduzir o que vivera naqueles três meses. Da
janela em que olhava a luz do Sol, o brilho a levava para um tempo passado em
que algo havia mudado o rumo de sua história. Ainda que sua memória falhasse às
vezes, lembrava que seus cabelos eram negros e longos, exatamente do jeito que
ele gostava. Aliás, fora exatamente o que lhe atraíra nela. Quanto a ela, ao
contrário de todas as outras moças, que se apaixonavam por alguma
característica física de seus homens, gostava mesmo era da letra dele. Talvez
porque na adolescência lera tantos romances alencarianos, que suspirava por um
homem que lhe escrevesse cartas perfumadas, com as letras desenhadas, quiçá
alguma palavra borrada por uma lágrima que tivesse escapado do peito oprimido.
sábado, 15 de março de 2014
Carta 13 - Sobre a loucura, ainda
Meu
pequeno,
Tenho
visto sempre suas fotos enviadas por sua mãe. Como você está lindo, cada dia
mais. Claro que eu sou suspeita pra falar qualquer coisa, porque eu acho você
muito parecido com as pessoas da sua família materna, comigo inclusive. Quando
você crescer um pouco mais vai entender a relação de amor e ódio que temos com
sermos ou não parecidos com a família. Sabe por quê? No fim das contas, a gente
sempre carrega mais do que gostaria de semelhanças com nossos familiares. E
veja bem, isso vai muito além da aparência física. Mas se você estiver
lembrado, eu já te falei um pouco sobre a família.
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manoel de barros
domingo, 9 de março de 2014
Orientações sobre o tratamento psicanalítico
O que é Psicanálise?
Este
termo foi criado em 1896 por Sigmund Freud para nomear um tipo de psicoterapia
cujo método consiste na exploração do inconsciente a partir da fala livre do
paciente e de intervenções do psicanalista.
Ilustração: Alisson Affonso
O que é o Inconsciente?
Principal
conceito da teoria psicanalítica, consiste em uma instância ou “lugar” psíquico
desconhecido pela consciência e ao qual esta não pode ter acesso se não por
meio das manifestações do inconsciente: os sonhos, os esquecimentos, os atos
falhos (ex.: trocar um nome por outro), etc. São conteúdos presentes em nós,
mas dos quais a consciência não tem controle, o que levou Freud a dizer que não
somos senhores em nossa própria morada.
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terça-feira, 4 de março de 2014
Estranhas fronteiras
Tenho comigo uma fotografia de
família que foi tirada em uma das fronteiras entre o Brasil e o Paraguai. São quatro
pessoas na foto: a mãe, a mana, eu e o pai. Mana é o apelido carinhoso que meus
pais me ensinaram para chamar a irmã mais velha. É assim que todos os meus
primos chamam seus irmãos mais velhos, só o primogênito. Costume de gente do
sul. Os “manos” da minha família podem ser contados nos dedos: Ellen (a minha
mana), a Jane (a mana do Alex e do Ariel), o Jeferson (mano do Jean e da
Jesielen), o Cleber (mano do Heder, da Anabela e da Maria Angélica), a Andréia
(mana do André e do Alisson) e a Sandra (mana do Adiel, que não está mais entre
nós). Ser mano (a) é ter um algo a mais. É ter o poder de mandar nos outros,
reles mortais, súditos dos manos. Havia então o clã dos manos e manas, cujas
brincadeiras excluíam os demais, que tinham idade menor. Eu, particularmente,
me ocupava em destruir as brincadeiras dos manos, já que não podia participar. Mas
estou dando toda essa volta para dizer que se tratava de uma nomeação e que
aquilo significava muito para nós. Tanto que passarei isso adiante. Como eu
disse antes, é um costume de gente do sul. E o que eu tenho a ver com a gente
do sul? Me explico.
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