O
homem é um dos seres vivos que habitam a Terra. A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, pertencente à Via Láctea, Galáxia que habitamos. Uma Galáxia está localizada no Universo, ou
seja, no Universo existem várias Galáxias. Há muitas controvérsias sobre a origem
do Universo. Uma das teorias, a mais famosa, é a do Big Bang, na qual tudo
teria começado a partir de uma grande explosão. Tudo teria começado depois
desta explosão, até mesmo os seres vivos que habitam qualquer parte do
Universo. Em nossa Galáxia, estamos situados no planeta Terra. Nós quem? Ora,
nós humanos. Se a Terra não é a mesma que já foi um dia, na origem de tudo, os
humanos, que não se sabe desde quando estão por aí, também não são mais os
mesmos. A isso chamamos de processo de “Evolução”. Em muitos casos, acredita-se
que evoluir é caminhar para algo melhor, sempre. Este sentido está arraigado
nesta palavra: “Como fulano é um sujeito evoluído”, “Aquele Beltrano não
evolui”. Mas não necessariamente este sentido seja o melhor ou o mais adequado para
falar sobre a evolução humana. Muitos são os pesquisadores que se dedicam a
estudar este processo evolutivo, muitos são os que não chegam a conclusão
nenhuma. Mas, a bem da verdade, não chegar a lugar nenhum não é algo ruim. Com
a passagem do tempo, as coisas mudaram, o que não quer dizer que tenham
melhorado ou piorado. Tudo é uma questão de ponto de vista. Assim, imaginem que
em algum ponto da linha do tempo tenha surgido o homem. O Homem. Deste ponto
até aqui, várias mudanças físicas, psicológicas e comportamentais ocorreram, de
modo que enfim chegamos ao que eu chamo de “devolução humana”.
1. Homo
primitivus – foi o primeiro de todos
os homens que viveu na face da Terra. Andava
sobre as quatro patas. Sua alimentação era baseada na ingestão de raízes e
frutos.
2. Homo
erectus – evoluiu diretamente do Homo
primitivus e passou a andar sobre
duas pernas e não mais sobre quatro. Herdou do homo primitivus uma terrível dor na coluna, da qual se queixou todos os
dias de sua vida. Para solucionar o problema, passava muito tempo deitado,
pensando na vida. De tanto pensar, evoluiu para o homo neandethalis.
3. Homo
neanderthalis – possuidor de um grande
cérebro, porém era dotado de pouca linguagem. Inicia-se a criação de
instrumentos pontiagudos e perfurocortantes.
4. Homo
sapiens – este homem tinha um cérebro
menor, porém sua linguagem era mais desenvolvida que a do homo neanderthalis. Ultrapassou-o na criação
de armas e na arte de guerrear. De sua evolução, deu-se a origem do homo sapiens sapiens e do homo que nada sapiens.
4.1
Homo sapiens
sapiens - Possuía uma tecnologia material
avançada, resultante de uma cultura intelectual bastante criativa, com o
telencéfalo muitíssimo desenvolvido. O creme do verão em termos de
inteligência. De sua evolução, tiveram origem o homo múltipla ação, o homo faber
e o homo prototipicus.
4.1.1
Homo múltipla ação – característica principal: busca por limpeza
profunda. De sua evolução, tiveram origem o Homo fobicus, o Homo arianus e
o Homo Nuclearis. As três linhagens
são também chamadas de Homo exterminadoris.
4.1.1.1
Homo fobicus – espancavam e matavam homossexuais, por serem “anormais”.
4.1.1.2
Homo arianus – exterminaram homens que não fossem da raça ariana. Nesta
linhagem, a limpeza profunda herdada do seu ancestral Homo Múltipla Ação, chegou às últimas consequências, pois almejavam por
um resultado cada vez mais branco, um branco profundo.
4.1.1.3
Homo nuclerais – homens de inteligência altamente desenvolvida a ponto
de criar uma arma nuclear com capacidade de exterminar milhares de pessoas.
Chegaram a fazer alguns testes (Hiroshima e Nagasaki).
4.1.2
Homo faber – com inteligência suficiente para criar máquinas para
substituir sua força de trabalho. Mas, por outro lado, colocaram outros homens
para operar estas máquinas até a exaustão. De sua evolução, teve origem o Homo
“plata”.
4.1.2.1
Homo “plata” – com o trabalho dos outros homens, o homo faber evoluiu para o homo “plata” e passou a acumular muito
dinheiro (o dinheiro é um papel que deu início a muitas guerras).
4.1.2.2
Homo consumidorum – sem saber o que fazer com tanto dinheiro, o homo “plata” evoluiu para o homo consumidorum, que usa o dinheiro
acumulado para obter produtos e bens materiais. Em determinado momento, não
havia mais o que comprar e a vida do homo consumidorum
ficou vazia e sem sentido. Esta linhagem deu origem a duas outras: homo narcoticus e homo sem faltum.
4.1.2.2.1 Homo narcóticus
– esta linhagem tentou preencher o vazio e a falta de sentido com pequenas
pílulas coloridas, pós brancos e ervas danadas.
4.1.2.2.2
Homo sem
faltum - estes criaram a ilusão de que o dinheiro
pode comprar tudo, assim, acreditam que não têm falta alguma. São também
chamados de homo perfeitum.
4.1.3
Homo prototipicus – primo distante do homo faber, ele não criou máquinas para facilitar seu trabalho, ele
próprio se tornou máquina. A princípio bastante rudimentar, mas evoluiu para o
homo roboticus.
4.1.3.1 Homo roboticus –
humanos robotizados muito parecidos com os humanos de carne e osso. De sua evolução,
surgiu o homo virtualium.
4.1.3.2 Homo virtualium
– estes humanos relacionam-se com as pessoas pelo computador (computador:
máquina inventada pelos seres humanos) e conectados pela internet.
4.1.3.3 Homo facebookium
– originário do homo virtualium, o
homo facebookium não consegue mais se relacionar ou viver se
não for por meio de uma rede social na qual posta todos os momentos felizes de
sua vida, até mesmo as refeições que faz durante o dia.
4.1.3.4 Homo fake – evolução
do homo facebookium, esta linhagem
cria uma identidade paralela, desconectada radicalmente da realidade.
4.2 Homo que nada sapiens
– esta linhagem, prima do homo sapiens, ambos originários do homo de neanderthalis, foi composta por grandes
filósofos, mas o mais famoso chamava-se Sócrates. Sua máxima dizia “só sei que
nada sei”. Estas criaturas admitiam que possuíam uma falta que nem o dinheiro e
nem outra coisa seria capaz de suturar.
4.2.1 Homo neuroticus –
esta linhagem foi representada por Freud e dela surgiu o conceito de
inconsciente, que nada mais é do que um saber que não se sabe. Deu origem a
duas linhagens de maior destaque, de sujeitos divididos: homo obsessivus e homo histéricus.
4.2.1.1 Homo obsessivus
– sujeitos que sofriam com o não saber e este sofrimento deixava suas marcas
prioritariamente no pensamento.
4.2.1.2 Homo histericus –
primo do homo obsessivus, o homo histericus também sofriam com o não
saber, mas nestes casos, o sofrimento deixava marcado o corpo.
Na
atualidade, das linhagens do homo exterminadoris
e do homo fake, temos o homo felicius. São aqueles que não possuem
faltas e não se questionam. Não enxergam em si nenhuma deficiência.
Das
linhagens do homo narcoticus, do homo
sem faltum, do homo obsessivus e do homo histericus, temos o homo angustiadum. Os narcoticus e os sem faltum
compõem também esta linhagem porque nada do que fazem para preencher o vazio é
suficiente e eles estão sempre insatisfeitos. Já o homo obsessivus e o homo histericus,
tentam usar seus sintomas para preencher o vazio do não saber, mas nada
preenche também e assim, são igualmente insatisfeitos.
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