Ela
era um ponto de interrogação, bela, questionadora dada a natureza de sua
pontuação. Ele era reticente. Incapaz de terminar sequer uma frase. Ela, de tão
interrogativa que era, e ele, reticente, a partir daqui chamá-los-ei de: a
ponto de interrogação e o reticências.
Quando
ele a viu, seus olhos se encompridaram para ela que, sempre sedenta, bebia água
naquele instante. Foram longos dias de olhares do reticências para a ponto de
interrogação. Aposto que aquele ar de dúvida era o que mais lhe atraía, pois
ele, apesar de reticente, queria dar a ela respostas.